‘Piquete Soledade’, livro de poemas de Vamberto Spinelli Jr, é lançado nesta quinta (28)

O lançamento do livro, pela Editora Arribaçã, será nesta quinta-feira (28), a partir das 19h, no Bar do Baiano

 

Por Cida Alves

Brasil de Fato | João Pessoa – PB

 

A poesia pede licença às musas para “dobrar sobre o seu tamanho”* com o lançamento do livro ‘Piquete Soledade’ (Editora Arribaçã), de autoria do poeta, – ‘produtor de poesia’, como ele mesmo gosta de se auto referir – Vamberto Spinelli Jr.

 

O lançamento será nesta quinta-feira (28), a partir das 19h, no Bar do Baiano (Rua dos Ipês s/n – Bancários, por trás do Shopping Sul).

 

O livro é formado por poemas escritos desde 2019: “São poemas que foram sendo produzidos nesse contexto de crise civilizatória que se abate sobre nós com o fortalecimento do bolsonarismo. Além disso, o livro também é sobre essa experiência de viver a pandemia”, explica Vamberto.

 

Vamberto já tem trajetória nas linhas abertas da poesia. Publicou ‘Sem Lugar’, seu primeiro livro, em 2007, pela Editora da Universidade Federal da Paraíba, como resultado do Prêmio Novos Autores Paraibanos (2006). Já participou de vários recitais em João Pessoa, Recife e em La Paz (Bolívia), onde fez conexões que perduram pela vida. Participou de exposições de poesia e tem poemas publicados em Revistas e Blogs, como o Correio das Artes – PB (diversas vezes) e o Casulo (SP), teve poemas publicados na Antologia Poemas Dispersos (2006), e na Colección Literatura Clandestina.

O Brasil de Fato PB fez uma entrevista com o poeta. Leia na íntegra:

 

Brasil de Fato PB – A poesia engajada é, por vezes, alvo de críticas, com a pecha de ser poesia panfletária. O que você pensa sobre isso?

Vamberto Spinelli Jr: Esta questão é realmente bastante delicada, mas como é que eu resolvo isso na minha cabeça enquanto produtor, criador de poemas, e enquanto também consumidor de literatura? Para mim, existe a boa e a má poesia. De fato, há uma poesia para além do debate de ramos mais acadêmicos, existe uma sensibilidade de cada poeta e consumidor de poesia que termina definindo muitos dos critérios para avaliar o que é a boa e o que é a má poesia. Digamos né, claro que muitos desses critérios não têm uma validação mais consistente do ponto de vista acadêmico.

 

Bdf: Então a poesia militante tem a sua forma e qualidade?

V.S.Jr – A linguagem poética não é a mesma coisa que a linguagem do cotidiano, a linguagem do dia a dia. Então, dentro do poema, a linguagem tem uma característica própria. O ponto que me parece mais polêmico em relação à poesia que tem essa deliberação política, tem a ver com o fato de que, muita gente, quando vai escrever um poema político, tem uma urgência da comunicação, de comunicar uma mensagem que tenha capacidade de mobilizar, uma capacidade convocatória. Então esse tipo de poema, com muita frequência, abre mão de uma linguagem mais, digamos, esmerilhada, mais cuidadosa do ponto de vista de uma linguagem poética, de uma concepção poética do texto. E aí o texto parece um panfleto porque é um texto que está muito próximo da linguagem cotidiana, a linguagem da comunicação. Então, o bom poema tem uma comunicação de sensibilidades, de sentidos, de significações para além da comunicação de uma mensagem restrita, da mesma maneira que ela é codificada no cotidiano.

 

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– O livro “Piquete Soledade”, de Vamberto Spinelli, pode ser adquirido no site da Arribaçã no seguinte link: http://www.arribacaeditora.com.br/piquete-soledade/

 

– A obra pode ser adquirida, também, no formato digital, em e-book, no site da Amazon.

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