Morreu em São Paulo o poeta e escritor Rubens Jardim. Autor de diversos livros e organizador de eventos literários, ele lançou com a Editora Arribaçã, de Cajazeiras, “As mulheres poetas na literatura brasileira”, obra que reúne mais de 300 autoras de todos os tempos, estilos e estados brasileiros. A obra é até hoje a mais vendida da editora. O velório e a cremação acontecem hoje em São Paulo.
Nas redes sociais, escritores, leitores e poetas lamentaram a partida de Rubens Jardim, que era considerado um aglutinador, sempre incentivando os novos autores.
Natural de São Paulo, Rubens Jardim foi poeta com diversos livros publicados. Também organizava eventos e saraus poéticos.
Fez parte do Catequese Poética, movimento iniciado por Lindolf Bell em 1964 com o objetivo de tirar a poesia das gavetas, tornando-a mais acessível através de apresentações, declamações, conferências e debates nas ruas e em universidades.
Durante vários anos, Rubens Jardim fez um mapeamento quase completo dos nomes femininos que produzem ou produziram poesia no Brasil.
Foram mais de 300 nomes coletados, entre autoras que já estão em domínio público, outras que já morreram e autoras contemporâneas que continuam produzindo, lançando livros, participando de eventos em todo o Brasil e no exterior, algumas delas, inclusive, já nascidas no século XXI.
É a maior antologia do gênero publicada no Brasil até hoje.
Rubens publicou a antologia em três volumes, de forma virtual, e a Arribaçã decidiu lançar a coletânea impressa em volume único com mais de 350 páginas no ano de 2021. A obra foi lançada em São Paulo na Patuscada, em março de 2022, com a presença de Linaldo Guedes, um dos editores da Arribaçã.