Por Everaldo Dantas da Nóbrega
Acabei de ler “Autob/i/ografia de Solha” (Editora Arribaçã, Cajazeiras PB, 2023, 346 págs.), obra do “Artista de Todas as Artes” Waldemar José Solha. Que gentilmente me honrou com tamanho presente, ainda por cima entregue em domicílio e acrescido da dedicatória “Para Everaldo, com a gratidão de Solha. 18/12/23” ─ nesse ponto, ele humildemente invertendo os papéis, pois eu que lhe sou grato pela sua amizade e pelo muito que aprendi com ele, tanto no trabalho como na literatura.
Nesse livro, o Autor passeia pela sua vida com espontaneidade, desenvoltura e maestria. Por isso senti-me à vontade para ler essa sua obra, o que estava ansioso para fazê-lo. Mesmo porque conheço Solha desde que, respectivamente, tínhamos 18 e 24 anos de idade, quando assumi meu emprego no Banco do Brasil e passamos quatro anos e cinco meses trabalhando na agência em Pombal, sertão paraibano, ele, inicialmente, como meu chefe da Carteira de Crédito Agrícola e Industrial, a famosa CREAI, e, depois, como meu subgerente, função que hoje equivale a gerente- adjunto.
Dessa maneira, praticamente vi sua vida literária nascer, dar os passos iniciais e levantar os primeiros voos, isso lá na Terra de Maringá, como Pombal é carinhosamente conhecida ─ a vivência com as artes plásticas ele já trouxe de sua terra natal Sorocaba, São Paulo, de onde veio para a Paraíba em 1962, Estado em que fincou raízes, casou, teve filhos, fez-se na vida literária e artística e donde nunca mais saiu. Para alegria e felicidade geral dos paraibanos!
Logo de início apreciei seu livro, tanto pela capa como pela feição gráfica. E, no miolo, gostei do que vi e li. Mas degustei com mais apetite ─ e sentindo mais sabor ─ o constante dos trechos que se referem a ele, sua família, familiares, amigos, Pombal e ao nosso querido Banco do Brasil de antigamente, época em que trabalhávamos com camisa de mangas longas, calças bem passadas, sapatos engraxados e gravata, e os colegas, irmanados, formavam uma segunda família.
Com isso tudo eu me deleitei, até porque praticamente voltando ao passado, sentindo a cortesia do povo pombalense, vendo a mesma praça, os mesmos bancos, os mesmos jardins e sentindo os fluídos daquela bela e acolhedora cidade, da qual, inclusive, tenho Título de Cidadão. Deleite total!
Mas, convenhamos, essa obra de Waldemar José Solha, no seu todo, é para poucos ─ dentre os quais não me incluo, obviamente. Ou seja, é para quem tem muita cultura. Melhor dizendo, para aqueles que têm profundos conhecimentos de literatura, artes, história, geografia, religião etc., etc.. etc. Enfim, para eruditos. Estes, sim, vão se deleitar mais e mais com ela. E como vão!
Eu, de minha parte, fico satisfeitíssimo com o que captei, absorvi e, principalmente, revivi, voltando mentalmente ao passado. Até porque, humildemente, fui um dos que incentivaram o Autor a escrever e depois publicar essa fabulosa Autob/i/ografia que, antes mesmo de ser escrita, já era esperada, ansiada por muitos e muitos.
Assim, de parabéns Waldemar José Solha, W. J. Solha ou simplesmente Solha por obra tão importante. Com a qual a Literatura e a História só têm a ganhar!
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A Autobiografia de W. J. Solha pode ser adquirida AQUI