Geraldo Bernardo Abrantes é sertanejo, nascido na zona rural de Sousa no ano de 1966. Quando tinha doze anos foi morar na cidade e pôde então estudar formalmente. Começou a militância política na escola e, ainda muito jovem, participou da campanha Diretas Já e seguiu pelo movimento estudantil, sindical, cultural e partidário.
Formado em História pela UFPB, campus de Cajazeiras, foi na terra de padre Rolim onde tornou-se professor. Lecionou no IFPB, nos tempos do CEFET/Uned Cajazeiras, no IFRN, Campus Central-Natal e diversos cursinhos preparatórios para vestibular.
A literatura sempre o acompanhou, em razão disto, a partir de meados da década de 80 e ao longo dos anos 90, escreveu, encenou e dirigiu vários espetáculos, com destaque para: Lucidez Psicossomática (1992), montado pela APC/Aparecida, espetáculo inovador que ganhou vários festivais e troféus de melhor texto; A Saga do Corvo (1996) outro texto bastante premiado, que circulou pelo Nordeste.
Como contista lançou: Noite Lúgubre (2002); Meu amigo Pedro (2003); Contos Contados (2008); Jamili e o especialista em milagres (2013).
A partir do poema “As arupembas de alumínio”, que circulou pela internet no ano de 1993 sendo bastante elogiado, construiu personagem Arupemba. A partir de então sua produção literária e teatral ficou centrada neste personagem, uma espécie de menestrel contemporâneo. Além das declamações publicou os folhetos: Os causos de Arupemba 1, 2 e 3 (2006/ 2007) e gravou um CD com o mesmo nome.
Na literatura de cordel merece destaque os folhetos: A Encoberta – a história de uma santa sem altar (2003); Quando os bichos falavam (2011); O periquito de Zefa (2017); Arupemba, o matuto beradeiro/CD (2017) e, As aventuras de Chico Socó, uma lenda verdadeira (2018).
Também como ator participou do longa metragem O sonho de Inacim (2006) e curta O homem e a serra, projeto Revelando os Brasis.
Militante cultural fez parte da construção das leis de incentivo à cultura em no Estado da Paraíba e em municípios como Sousa, Aparecida e Cajazeiras, foi vice presidente da antiga FPTA (Federação Paraibana de Teatro Amador); membro efetivo da COMDESC (Comissão Estadual de Desenvolvimento Cultural); participou, como membro efetivo da primeira formação do Conselho Estadual de Políticas Culturais.
Tem inúmeras obras inéditas e como ativista cultural tem sua atuação nas feiras, praças e outros espaços dedicados à cultura popular.
Sobre sua nova obra, “A doida paixão de um doido”, lançada pela Arribaçã Editora (2018), o poeta e jornalista Lenilson Oliveira afirma: “O que nos chega às mãos para leitura é uma novela no sentido original da palavra, remontando a própria literatura renascentista no seu rompimento com a tradição literária medieval. Colocando-se entre o conto e o romance, a novela tem como característica um conflito principal, sobre o qual orbitam todas as ações, personagens – em número reduzido – e conclusão do enredo”.