Braulio Tavares nasceu em Campina Grande, em 1950. Quando estudava Ciências Sociais na UFPB (Campus II) começou a conviver com os cantadores de viola que frequentavam o programa “Retalhos do Sertão” da Rádio Borborema, e ajudou a fazer a ponte entre eles e o Museu de Arte da Universidade Regional do Nordeste, que se tornou parceiro na realização do Congresso Nacional de Violeiros, grande sucesso de público entre 1975 e 1980.
Mudando-se para o Rio de Janeiro, afastou-se das cantorias mas não da poesia popular, tendo publicado dois romances em versos de cordel pela Editora 34, de São Paulo: A Pedra do Meio-Dia, ou Artur e Isadora (1998) e O Flautista Misterioso e os Ratos de Hamelin (2006), além do ensaio Contando Histórias em Versos (2005). Pela mesma editora lançou A Invenção do Mundo pelo Deus-Curumim, Prêmio Jabuti de Literatura Infantil de 2008, e O Poder da Natureza.
Dedicou-se de maneira constante ao estudo do cordel, do repente e das narrativas populares. Travou algumas pelejas “internéticas” com poetas como Astier Basílio (2003), Klévisson Viana (2006) e Marco Haurélio (2017).
Como autor de teatro, recebeu por duas vezes o Prêmio Shell por peças de temática nordestina: Brincante (em parceria com Antonio Nóbrega, 1992) e Suassuna: o Auto do Reino do Sol (com a companhia Barca dos Corações Partidos, 2017).
Também publicou um perfil biográfico do criador do Movimento Armorial, ABC de Ariano Suassuna (Ed. José Olympio, 2007).
Entre suas publicações mais recentes estão o ensaio Cantoria: Regras e Estilos (Ed. Bagaço, Recife, 2016), o romance Bandeira Sobrinho – uma Vida e Alguns Versos (Ed. Imeph, Fortaleza, 2017), o cordel O Tesouro de Antonio Silvino (Ed. Cordel, Mossoró, 2018) e o livro de versos a quatro mãos “Galos de Campina “ (com Jessier Quirino, Ed. Bagaço, 2018).
Publica em 2022, pela Arribaçã Editora, “A fonte dos relâmpagos”, coletânea de crônicas sobre cultura popular.