O manjar de Agnaldo Lima

É de promissão a poética de Agnaldo Lima. Aqui o leitor encontrará as sementes da boa poesia que germinam versos sem medo de parecer e ser lírico.

Assim, se deve percorrer as páginas como se estivesse numa trilha na floresta. Amazônica? Sim, mas de toda e qualquer floresta, com seus mistérios, seus encantos, suas interrogações, sua poesia que pulsa.

Uma poesia com “profundo desejo de pássaro”, que se autonina na busca de se tornar semente.

Que sabe que além do mar, “há um mundo velho, e nada mais”.

Que rio vive na poesia de Agnaldo Lima?

O leitor há de descobrir ao abrir este livro.

Mas ouso advertir que é uma poesia delicada, cheia de afluentes, que nos faz acreditar na pujança da nossa literatura contemporânea.

Agnaldo faz jus ao ser poeta, com P maiúsculo, buscando na imagem, no ritmo e no lirismo, a raiz do que melhor podemos ler na poesia brasileira.

Sua prece é pantaneira, mas acolhe todas as veredas e sertões desses brasis, ainda a terra prometida que criamos em nossas utopias.

 

Linaldo Guedes

Editor

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