Escritoras paraibanas da zona sertaneja expõem numa antologia uma forma de pensar que, apesar das diferenças de linguagem, temas e gênero literário, mantém unidade de direção política: a voz que não quer mais ficar no silêncio
Por Roberto Sarmento Lima
Certa preocupação com o uso da palavra, que não quer dizer mera conversação ou matraquear, é algo a que a literatura contemporânea vem assistindo com frequência. Pela tradição brasileira, desde a colônia, a palavra é para ser mais ouvida do que lida: em sociedade carente de livros, bibliotecas e imprensa, é natural que tivesse sido assim — detalhe cultural que o Modernismo só acentuou
para valorizar a espontaneidade da língua. Daí o recurso, até hoje, às estratégias da coloquialidade, com direito a seus deslizes que deixam de ser defeitos para virar qualidades.
A palavra — sua materialidade, sua capacidade de dizer e gerar múltiplos sentidos ou o simples prazer de se servir dela como se se tratasse de um jogo de conjeturas — é, pois, uma obsessão nacional. Durante o Romantismo, modinhas eram acompanhadas de música, poemas eram cantados: serenatas, corais, jograis, saraus. O processo vem se encorpando de lá para cá. Isso não arrefece; não descansa. Veio para ficar. A chamada Música Popular Brasileira, a partir dos festivais da canção da década de 1960, passou a ser considerada, desde essa data, meio de pensar e refletir sobre o amor, a política, a covardia do regime. A literatura realista é aquela que aparentemente se subtraiu a essa armadilha, preferindo fingir que o que pretende é falar do mundo social e denunciar suas mazelas, preferivelmente em bom português. As concessões a isso se restringem às falas das personagens, que se expressam como toda a gente se expressa, com altos e baixos estilos e dicções. Um escritor de hoje, atento a isso, não deixou por menos; tratou logo de avisar a que veio, misturando o plano da narração ao do discurso direto das personagens num bolo só. Trazendo, num conto, uma reflexão sobre o rabisco de um pichador nas ruas da cidade grande, em O sol na cabeça (2018), faz rimar os rabiscos (que podem ser interpretados amplamente como escrita) com o sonho do eterno da linguagem literária. A passagem não só é uma das mais belas da coletânea como talvez a mais significativa:
“O rabisco tem a ver com eternidade, marcar sua passagem pela vida. Fernando, assim como a grande maioria das pessoas, sentia a necessidade de não passar batido pelo mundo, e quando viu já andava com todos os pichadores da sua rua. Era muito louco desvendar os mistérios da arte proibida”
A importância que assume, numa narrativa marcada pela regionalidade dos morros cariocas, a linguagem que a registra faz subir a temperatura do enunciado desse conto, revelando que o dizer tem preeminência em face do que é dito. Nesse jogo entre o local e o universal, como gostava de salientar Antonio Candido, a literatura sai do meramente pictórico e pitoresco para chegar a níveis mais elevados de compreensão literária, do seu papel, enfim.
A LIBERDADE E O PITORESCO
É o que percebo, em primeiro lugar, em alguns textos que integram a coletânea “Ritos e versos para o fim do mundo”, que saiu neste ano de 2022 pela Editora Arribaçã, em Cajazeiras, na Paraíba. Paraíba feminina, sim senhor! O título do livro não poderia ser mais sintomático: “ritos” e “versos” se cruzam nas intenções comunicativas. Falar em ritos implica reconhecer que há uma programação prevista, um corpo de regras devidamente estabelecido a seguir (ou, também, a infringir, claro!). Daí não se poder dizer, em geral, que eles, na composição dos
textos que se oferecem então ao leitor e à leitora, tenham revolucionado as formas conhecidas do dizer, a não ser, obviamente, que as tenham preservado, até porque versos, em princípio, não podem prescindir de ritos. Os versos modernos, que derrotam e debilitam a forma dos antigos, têm também suas regras, isso em qualquer época. Mesmo na nossa época, que, afinal, pode estar perto do “fim do mundo”, segundo sempre se pode deduzir.
A coletânea é simples; não tem pruridos de excelsitude estéticas, já que o que mais querem é expressar uma modalidade de visão… feminina. Deus me castigue se isso não foi o que eu entendi ao ler a coletânea. E, mais ainda, como ressalva: esse feminino que os textos exalam é mais do que odor di femmina e menos que apostolado, como diria Machado de Assis, que, de passagem, é uma inspiração para o que pretendo dizer. Mas também, se os dois dados estão presentes — perfume e missão —, não chegam a ser camisas de força: pois nem
é perfume de mulher gasto à toa nem é evangelização feminista desenrolada a ferro e fogo. Fiquemos, pois, pelo meio. O elemento que intermedeia esses polos em nítida relação, aparentemente dualista e mutuamente excludente (ou isto ou aquilo), é a mais que flagrante heterogeneidade da qualidade — e natureza — dos textos contidos nesse livro, sob o escrutínio vigilante das suas colaboradoras, que se sentiram livres, não pressionadas, para escolher a forma e a linguagem que quiseram usar. Cada uma delas se manifesta como bem entende, sem uma direção estética que, previamente definida, se impusesse ao conjunto. Com isso perde-se um pouco a unidade das composições reunidas. Ganha-se, porém, a capacidade fundamental de não obedecer a uma regra absoluta — mas que ritos são esses, se já saem desnorteados desde o início? —, pois, como diz uma das autoras, Joely Queiroz, no poema “Liberdade no tempo”:
“Não me prendo a todas as regras e formas
Ocupo-me em viver
Nem meus versos são fixos
Imagina eu?!
Minhas ironias insanas
São tão livres quanto eu”
Parecendo estar passando um recado para as companheiras escritoras que com ela se meteram nessa aventura, Queiroz, que na verdade fala por si mesma, intui que a liberdade é um valor, talvez supremo, capaz de reger a política da diversidade e, por extensão, da literatura. E, se não me engano, isso já é um rito, típico de sociedades democráticas que não querem ver perder os sonhos de liberdade, dentre os quais um, pelo menos, é escrever, rabiscar. Não seriam os rabiscos o lado positivo da busca de eternidade que se lê em Geovani Martins? Se for isso mesmo, já temos aqui um rito. E, até onde parece, esse é um rito indestrutível e resiliente.
Depois vêm outras coisas a observar nesse conjunto de textos: a preocupação de marcar um rigoroso território geopolítico-literário, o que me pareceu, por essa espécie de fixação em uma modalidade de discurso, uma quebra de intenções livres. Vemos que se foram esquecendo cada vez mais a ideia de focalizar grandes destinos e a de elaborar altas denúncias em grandes quadros, dando-se preferência à focalização de pequenas cenas do cotidiano em que grupos étnicos e culturais (denominados minorias sociais) se deixam pinçar. No lugar do todo oferece-se a parte. A relevância passa a ser do pequeno quadro — Antonio Candido, em outra visada crítica, que cabe aqui, entretanto, aplicar, diria tratar se do “pequeno realismo” que tomou conta do romance brasileiro desde o Romantismo, em oposição àqueles vastos painéis de Zola ou Balzac. Aqui, no Brasil, por tradição, tem-se justificado o interesse pelo problema mais individual do que coletivo. O setor particular é o foco, e, com ele, se pode ter uma ideia do geral.
A coletânea da Paraíba, nesse sentido, é desigual, embora isso não constitua constrangimento (não se falou aqui de liberdade como valor?), pois tanto existe a voz que fala em seu próprio nome (exemplos de “Poesia crônica”, de Thayse Rocha, ou “Malha de retalhos”, de Gabriela Pinheiro) quanto a que se neutraliza em favor da comunidade (como é o caso de “Coisas do meu sertão”, de Aparecida Cardoso, ou da crônica “Carta à Virgínia Woolf”, de Aparecida Elias). Não estou discutindo, como podem ver, a qualidade literária dos textos, mas a sua posição dentro do sistema organizado no livro, que é outra coisa. Ora a voz se retrai, ensimesmando-se, ora a voz se conforma à paisagem e à região como totalidade e nela se dilui, apagando-se como voz individual. Acredito que, na contemporaneidade, o minimalismo tem vencido a grandiosidade dos planos extensos. Em vez da visão da cordilheira, o morro isolado na imensidão da várzea.
AQUELA OUTRA VOZ
Ainda se vê em “Ritos e versos para o fim do mundo” a força da região, o colorido do lugar, a voz que vem desse espaço já tão exaurido na literatura brasileira. Numa palavra: o pitoresco, que é um risco enorme. Desse modo, a região sertaneja da Paraíba — comentada por algumas autoras — assume, não há como negar, a fisionomia de pitoresco (algo que transparece sem dificuldade em passagens tiradas da introdução “Uma voz se levanta”, tais como “o aboio do vaqueiro” e o “som do seu berrante chamando o gado”, “os espinhos da caatinga” e “uma zabumba, um gonguê”). Evidentemente que isso não é nenhum
desdouro, mas a sintonia com o mundo atual requer uma caracterização mais profunda do que a platitude da paisagem e dos costumes citados. Menos espelho, mais abismo! Maria Valéria Rezende, que assina essa introdução, acerta quando diz que, ante “a voz do vaqueiro”, que “soa alta”, passa quase despercebida “aquela outra voz que aqui murmura” (numa gradação: “sussurra”, “mantém e transmite a dureza e a poesia do Sertão”). Por seu turno, o contraponto entre o homem e a mulher já virou um chavão, praticamente incorrigível, porquanto quase produziu um desenho representativo dos gêneros, servindo-se da conhecida tridimensionalidade de uma pintura renascentista: o que fica na frente, em maior dimensão, é o que a sociedade diz que é para ficar ali – “É a voz do homem, e essa não persiste na seca. O dono dessa voz ou parte ou se cala, quando não morre de tristeza” –, demonstrando, excepcionalmente, a fragilidade do cabra macho. Está na frente do quadro, sim senhor, como sempre esteve, e isso não é novidade para ninguém; mas, ao menos, justamente por estar mais perto do espectador, é que se pode enxergá-lo melhor por inteiro, dando-se a ver num close, focalizando as suas fraquezas. Já aquela outra voz que tem sido secularmente abafada, controlada, minorizada, “aquela outra voz, a que permanece, a que descreve o Sertão porque o conhece nas suas minúcias, que sabe onde se esconde a insuspeitada água, o milagroso e parco alimento, o remédio que é preciso para sobreviver até que voltem… ou
não, a chuva e o vaqueiro”, tem direito a maior brilho, apesar de vir por trás do perfil principal, esgueirando-se na sombra. Encontra-se escondida; vem do planeta das figuras esquecidas. Mas é a elas, no entanto, que se oferece o Sertão, assim, com inicial maiúscula, e não ao homem que está na frente da composição, de que é ponto de fuga.
Como se vê, o que está no foco imediato foge, escapa, fragiliza-se, enquanto o que vem por detrás mantém delícia no sofrimento. Um dos sentidos pode ser o do exercício livre da sexualidade, por exemplo, em nome da paridade com o outro que, dominador, as escurece. A resposta pode estar mais no caráter ambíguo da palavra do que no comentário: é quando, então, lembro que, no início deste ensaio, chamei a atenção para o poder da palavra, principalmente da palavra vocalizada, desde que esta seja tomada na sua materialidade repleta de sugestões (poéticas), fazendo vibrar o brilho do trabalho da literatura. E, se ela vem carregada de oralidade, não é por fraqueza; é por coragem. Afinal, pela palavra cantada, sons e sentidos se fazem mais concretos, mais reais, mais próximos.
SERTÃO, PALAVRA FEMININA
Vamos ao tema da sexualidade! Procedi no início deste ensaio a um DÉTOUR pelo qual foi possível verificar que a linguagem literária produz com suas palavras mais artifícios do que os outros discursos. É aquele caminho que se confunde com a própria manipulação subversiva da linguagem. Algo como fez Geovani Martins, que, ao falar do rabisco do pichador de rua, se ausentou subitamente da história que o narrador vinha contando, para, numa espécie de digressão, remeter a uma reflexão estética — sobre o eterno e o circunstancial da palavra —, realizando aquela transcendência do local e do particular. MUTATIS MUTANDIS, é algo parecido com a transição do sertão para o Sertão, forma de que se utilizou Maria Valéria Rezende, já comentada. Aqui e ali, em outro momento do livro, certos versos declararam que a palavra vale mais do que o que diz ou parece dizer. Versos como estes de Nabila Ferreira, no poema “Dicionário”:
“De repente, descobrir que a palavra tem arestas
Tentar amar as consoantes
Ser ferida por um acento agudo
Sangrar algumas letras
Cobrir com vírgula
Brotar sinônimos”
A autora inscreveu seu corpo físico e sua atitude e mente nessas linhas de intrigante sugestão. Tomada por uma instantaneidade (“De repente, descobrir”), como quem se situa na prática da vocalidade, deixa-se ferir em “arestas”, passando pela agudeza do símbolo fálico que a submete (“Ser ferida por um acento agudo”), ao qual, contudo, não se rende facilmente, porque, antes, faz “brotar sinônimos”, ou seja, responde à altura à investida do outro, devolvendo o sangue na mesma moeda. Pode ser que o leitor e a leitora talvez se admirem destas minhas considerações e digam que estou vendo sensualidade onde ela não está. E aí digo-lhes que a sutileza arquitetada por Nabila Ferreira dá oportunidade a essa reflexão: é poesia carregada de disfarces de pulsões, magnetizada por palavras que não ousam dizer o nome certo, como se dá numa conversa constrangida, face a face, podendo até a locutora ficar com a fronte vermelha de pudor. Os versos anteriores parecem confirmar essa hipótese de leitura:
“Imaginar subitamente que ela te beije
Pensar que te visite embaixo do lençol
Tão logo botar a palavra pra dormir
Ouvir a palavra em todos os sons
Ler a palavra com as mãos”
Esse eu lírico que dá a orientação de um corpo que goteja suor e umidades eróticas a cada momento vai aos poucos ritmando a fala com mais lentidão e dando a impressão de frouxidão dos gestos, de balbucios, diminuindo a frequência da respiração, quase num espasmo orgíaco, a ponto de distribuir a frase em pedaços, fragmentos do dizer, o qual, pela escansão da frase, assim mimetiza a sequência lenta e tortuosa dos movimentos físicos: verbo, preposição, pronome pessoal.
“Permitir que ela
escreva
em
você”
Sugestivo caso em que a preposição, ocupando — sozinha — um verso em separado, fica, por isso mesmo, plena de sentidos: esse “em”, na hora da agudeza penetrante na carne, embainha e preenche um desejo recôndito, que não deve ser mostrado logo, mas se realiza num suspiro mal adivinhado por sob os lençóis. Talvez se possa dizer o mesmo do texto de Ludjania Furtado, no conto “Embaixo da minha cama”. Mais um disfarce feminino do sexo atormentado, doído, mal pronunciado. Mais uma vez a palavra esconde ao tempo que revela loucamente a ocorrência do estupro, numa prosa que se autojustifica: “As pessoas são estranhas e surpreendentes, por mais que você as observe elas nunca mostram sua essência”. Talvez a narradora adulta, lembrando a menina que foi um dia, pudesse dizer “as mulheres” e não o genérico “as pessoas”. É ainda a força da proibição que lhe sustém a voz. Seria
o mesmo caso de o sertão chegar ao Sertão, assim como de a menina, pelo discurso, elevar-se à condição — indistinta — de pessoa?
Os textos apresentam temas diferentes nessa coletânea, mas sem dúvida subordinam-se ao mesmo aparato conceitual e ao mesmo procedimento imagístico, ainda que mudem as figuras trabalhadas. Pode ser que tais sejam os operadores necessários de “Ritos e versos para o fim do mundo”. Seu rito, sua face, sua interdição. O seu fim: finalidade e termo do percurso. Quase perto do fim do mundo.
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1 COLOQUIALIDADE
A linguagem coloquial é uma variação de linguagem popular utilizada em situações cotidianas mais informais. A coloquialidade encontra fluidez na oralidade (fala) e, assim, não requer adequação às normas da gramática tradicional (norma culta/padrão da língua portuguesa). É na linguagem coloquial que encontramos as gírias, os estrangeirismos, os neologismos, as abreviações, isto é, palavras e expressões que não se relacionam à norma culta.
2 GEOVANI MARTINS
Escritor carioca, nasceu em Bangu, na Zona Oeste da cidade. Estudou apenas até a oitava série, trabalhando em seguida como homem–placa e atendente de lanchonete, entre outros. Morou nas favelas da Rocinha e Barreira do Vasco antes de ir para o Vidigal.
3 EXCELSITUDE ESTÉTICA
Magnificência, excelência artística.
4 ODOR DI FEMMINA
Cheiro de mulher, em italiano.
5 JOELY FERNANDES DE QUEIROZ
Escritora, poeta e cineasta. Graduada em Letras pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), nasceu em 3 de maio de 1994 no sertão paraibano. Escreve seus textos desde os 10 anos de idade. Já participou de alguns festivais de poesia e contos, como o Festival Sertanejo de Poesia (FESERP) em Aparecida-PB, o Festival de Poesia Patativa do Assaré em Sousa-PB, Concurso
de Poesias Abril para Leitura do CCBNB também na cidade de Sousa, Concurso
Nacional Viagem pela Escrita no Rio de Janeiro, entre outros. Em 2016, a autora
publicou seu primeiro livro solo, chamado Nas Vielas Do Meu Ser.
6 ÉMILE ZOLA (1840-1902)
Foi um consagrado escritor francês, considerado criador e representante mais expressivo da escola literária naturalista, além de uma importante figura
libertária da França. Entre suas principais obras estão Germinal, O romance experimental e A besta humana.
7 HONORÉ DE BALZAC (1799-1850)
Escritor francês, notável por suas agudas observações psicológicas. É
considerado o fundador do Realismo na literatura moderna. Mais do que um grande romancista, ele foi o mais importante cronista de costumes de seu tempo. Seu retrato abrangente da vida francesa era, segundo o próprio autor,
realizar pela pena o que “Napoleão não conseguiu concluir pela espada”. A Comedia Humana, A Mulher de Trinta Anos e Ilusões Perdidas são alguns de suas principais romances.
8 MARIA VALÉRIA REZENDE
Autora dos premiados romances Quarenta dias, vencedor do Jabuti em 2015, e Outros cantos, que recebeu o prêmio Casa das Américas de 2017 e o São Paulo de Literatura do mesmo ano, é também missionária, formada em Língua e Literatura Francesa, Pedagogia e mestra em Sociologia. Tem se dedicado, desde os anos 1960, à Educação Popular em diferentes regiões do Brasil e no exterior, tendo trabalhado em todos os continentes. Atualmente mora na Paraíba e foi uma das fundadoras do coletivo Mulherio das Letras.
9 DETOUR
Desvio.
10 MUTATIS MUTANDIS
Uma vez efetuadas as necessárias mudanças.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LACERDA, Lua; OLIVEIRA, Miriam; SILVA, Tainara; GUEDES, Veruza (org). Ritos e Versos para o Fim do Mundo. Paraíba: Arribaçã Editora, 2022.
MARTINS, Geovani. O Sol na Cabeça. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
SOBRE O AUTOR
ROBERTO SARMENTO LIMA é doutor em Estudos Literários e Professor Titular
da Universidade Federal de Alagoas. Autor do livro O Narrador ou o Pai Fracassado: Revisão Crítica e Modernidade em Vidas Secas, publicado em 2015 pela OmniScriptum/Novas Edições Acadêmicas, em Saarbrücken, Alemanha. (sarmentorob@uol.com.br)
(Matéria publicada na revista “Língua Portuguesa e Literatura”, da Escala Editorial, em setembro de 2022)