Nascido em 1941, no Bairro de Cruz das Armas, em João Pessoa, Políbio Alves é um autor cuja obra vem ganhando o mundo, com textos traduzidos para línguas como o castelhano e o francês. Não é para menos. Políbio Alves é autor de livros como “Varadouro” (poesia), “O Que Resta dos Mortos”, “Os Ratos Amestrados fazem acrobacias ao amanhecer” (ambos de contos) e de “La Habana Vieja: olhos de ver”, “A leste dos homens”, entre outros.
Agora, Políbio Alves premia mais uma vez os seus leitores com uma obra de fôlego e cheia de significados. “Acendedor de relâmpagos” é um livro épico, como épica tem sido a poesia de Políbio Alves.
A saga de Antônio Lavrador, do camponês, a saga de nossa gente, de nosso país, sempre a ser explorado pelo que vem de fora. Uma narrativa de fôlego que traz de volta o Políbio de “Varadouro”, num texto lírico, mas também forte, explícito, dolorido.
Políbio Alves tem trabalhos em antologias e periódicos, nacionais e em outros países como Estados Unidos, Alemanha, Portugal e Cuba. Detém vários prêmios literários, alguns internacionais. “Acendedor de relâmpagos” será, com certeza, mais um livro a fazer a diferença no cenário da literatura brasileira contemporânea.
Tear
Fímbria morta se ativa
à margem desse enxurro
ainda fenece procriativa
nas matrizes do seu urro.
Em urbano logaritmo,
esboa uivo-dízimo
circunvendo guaiú-suporte,
fiel agressividade, morte.