A Galeria de Artes Arribaçã realiza a exposição “Liberté d’ Impression”, que reúne a obra de artista Regina Pereira. A mostra será aberta nesta sexta-feira (12), às 18 horas, e ficará aberta ao público durante todo o mês de agosto no horário comercial na Galeria, que fica localizada na Rua Epifânio Sobreira, centro de Cajazeiras.

Regina Pereira, de São José de Piranhas, no Sertão da Paraíba, é artista plástica, curadora e produtora cultural. Em sua produção artística, ela une a pintura e o desenho a elementos como folhas, conchas e objetos sem uso, como vidro, alfinetes e tecidos. Regina Pereira conta que começou a experimentar o desenho em 1997, aos 13 anos, e desde então, não parou de produzir. Porém, só veio se entender como artista 15 anos depois, mesma época em que lançou sua primeira exposição, a  ‘Liberté d’impression’, que aconteceu no  IFPB campus Cajazeiras, com 50 artes.

Ela explica o motivo da escolha do nome. “O desejo era tornar a arte acessível a quem se sente com conhecimento mínimo sobre “O que é arte”. Pois, no fim das contas quem determina se algo é arte ou não? E quem determinou quem determina? O segundo conceito do nome não tem ligação nenhuma com o primeiro e pouco menos com as artes plásticas, mas é um  idealismo. Liberté está atrelado ao lema da revolução francesa, o famoso Liberté, Igulalité e Fraternité, mas também permeia a constituição dos direitos humanos”.

Tais elementos mostram visões de mundo, denunciam condutas e  retratam o inevitável. Em movimentos contínuos ou descontínuos de preservação da ordem vigente ou de introdução de mudanças.

Os temas explorados em suas obras apresentam-se permeados por elementos de força e aparente fragilidade. Por vezes, é possível percebê-los em uma mesma obra. A artista experimenta o papel como a vida, faz, transforma, desfaz e refaz.

Entre idas e vindas em endereços diversos buscando vivências e aprimoramento de sua própria técnica, atualmente a artista reside em Cajazeiras; cidade onde se reconheceu no meio artístico e se fez reconhecer ao longo de 10 anos expondo os seus trabalhos.

Onde todos veem lixo, a artista é capaz de colher elementos únicos para composição de suas obras, dando uma nova história e utilidade para o descartado. Suas obras também possuem objetos que um dia foram de uso próprio ou de pessoas que fizeram parte de algum trecho de sua vida pessoal.

A artista plástica também utiliza em suas criações elementos da natureza, tais como pedras, sementes, galhos secos, folhas caídas das árvores, pétalas de flores, barro… E produtos da vaidade humana, como maquiagem, bijouterias, retalhos. Num contraponto com o vazio existencial pigmentado pelo contraste de cores de suas telas. O resultado é sempre algo expressivamente vivo, com passado, presente e exposto ao futuro.

“Liberté d’ Impression” é a segunda exposição da Galeria de Artes Arribaçã, que foi inaugurada com a mostra “O admirável mundo de Zé Ramalho”, sob curadoria de Aurílio Santos, e realizada no mês de junho.