Por Vinícius Rangel

 

Em março de 2020, muitos de nós tiveram de renunciar à vida social para nos trancafiarmos em casa para nos protegermos de um vírus que era letal e para o qual não havia vacina. Como num passe de mágica, passamos a ver o mundo por meio das telinhas do celular, pela televisão e pelos jornais. Diante do horror que se abateu pelo Brasil, nossas redes sociais ora se tornaram plataformas para que náufragos tentassem encontrar uma luz no fim do túnel, ora se tornaram instrumentos para exercitarmos a vaidade humana.

Leonardo Davino, evidentemente, fez de suas redes uma plataforma potente para pensarmos a pandemia e suas consequências a cada final de semana. Todo domingo ele nos ofertava uma reflexão sobre os sete dias que o antecediam, ancorado por pensamentos, trechos de poemas e letras de canções, de memórias afetivas e de críticas ao desgoverno que nos assolou por 4 longos anos. As postagens não revelavam apenas os “registros de um náufrago”, mas a complexidade do raciocínio de um professor e pesquisador arguto e infinitamente sensível.

Foi com enorme alegria que revisitei vários desses textos em “Domingou Apandemia”, que ganhei de presente do autor, para minha infinita honra. Precisei de um tempo das minhas férias, com a mente descansada do horror e do desgosto com este país, para me dedicar à leitura do livro. Afinal, é preciso olhar levemente para o retrovisor para processar todo o horror que vivemos em consequência de uma pandemia e de um Governo Federal omisso e irresponsável.

Daqui a alguns anos, se quisermos entender o impacto do triênio 2020-2021-2022, teremos no livro de Leonardo Davino um instrumento e tanto. Obrigado por me conceder a oportunidade de ser seu leitor, Leo!

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O livro “Domingou Apandemia”, de Leonardo Davino, pode ser adquirido no site da Arribaçã no seguinte link: http://www.arribacaeditora.com.br/domingou-apandemia/