Por Francelino Soares de Souza
Costumo dizer que tudo o que nos causa um prazer será sempre bem-vindo, mesmo que nos cause algum trabalho mental ou físico.
Tais considerações vêm a propósito do convite ou da missão para a qual fui requisitado pelo professor Chagas Amaro.
Embora se trate de uma obra de historiador, esta não é a característica dessas suas reminiscências. Como, logo de entrada se constata, Chagas se propôs, até por insistência nossa, escrever a sua história, o caminho de sua trajetória desde os sofridos dias dos seus pais, tanto no sítio Riacho do Bode, lá para as bandas de São José da Lagoa Tapada, até os tempos nas Caieiras, lugarejo próximo de Cajazeiras, terra que o adotou como filho.
E vem daí o prazer de que falei de início. Explico-me melhor: ele teve a felicidade de, saindo de uma família de características humildes, como faz questão de dizer, alcançar posições de destaque na comunidade que o recebeu como filho, como um autêntico e fiel “cajazeirado”. Feliz é ele que – diferentemente de nós, os “exilados” voluntários, que tivemos que alçar voos para centros mais desenvolvidos onde pudéssemos alcançar objetivos condizentes com a vocação de cada um – foi ficando por Cajazeiras e, aos poucos, passo a passo, foi galgando uma escada íngreme que o levou de pequeno menino-roceiro a professor universitário, atravessando incólume o áspero caminho da política partidária, quase chegando ao cargo não pretendido de prefeito municipal.
São reminiscências que, com certeza, serão bem recebidas por quantos gostam de relembrar as coisas, as pessoas e os fatos que faziam parte de um passado recente na terra do Padre Rolim.
É uma caminhada longa que se faz através das vivências do autor, mas, longe de ser cansativa, torna-se prazerosa: pelo caminho, iremos encontrando ambientes e circunstâncias que serão caras a quem valoriza rememorações.
A mim, como seu amigo – desde os tempos do início da Rádio Alto Piranhas, da convivência professor/aluno no vetusto Colégio Diocesano Padre Rolim, até o vínculo que nos une como confrades fundadores da nossa ACAL – Academia Cajazeirense de Artes e Letras – agradou-me sobremaneira a convocação para fazer a leitura inicial deste livro e esta apresentação.
O texto de Chagas Amaro nos prendeu até quando tivemos que transformar suas confidências biográficas em escritos de natureza literária, o que – pode-se seguramente afirmar – agradará a “gregos e troianos”.
Que a vontade de sempre participar da vida de Cajazeiras faça com que outros conterrâneos e contemporâneos sigam este caminho do autor: deem-nos a satisfação e o prazer de perpetuarem suas reminiscências às próximas gerações que nos sucederão.
Este livro de Chagas Amaro, certamente, irá incentivar a que outros sigam o seu caminho, escrevendo suas “histórias”.
Estou certo de que este caminho dele servirá de motivação na perseguição de objetivos tão plausíveis.
Ao final, houve-se por bem se anexarem alguns artigos da lavra do autor, com o objetivo de perpetuar fatos relevantes de sua vivência.
Quem viver verá!!!
* Texto de Apresentação do livro “As pedras do caminho: reminiscências”, de Francisco das Chagas Amaro da Silva
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O livro “As pedras do caminho: reminiscências”, de Francisco das Chagas Amaro da Silva pode ser adquirido no site da Arribaçã no seguinte link: http://www.arribacaeditora.com.br/as-pedras-do-caminho-reminiscencias/