Um passeio com Nino; ou um convite irrecusável de Raquel Naveira ao universo da literatura infantojuvenil

Por Luiz Otávio Oliani*

 

“Nino e a Orca e outros  contos”, de Raquel Naveira, com ilustrações de Guto Naveira, Cajazeiras, Arribaçã, 2024, é uma obra linda para se ler.

Com linguagem altamente comunicativa e voltada ao público infantil, a professora e escritora Raquel Naveira nos conta histórias de Nino, um menino inteligente e curioso. Porém, não faz dos textos uma aula chata.

Muito pelo contrário, pois cada texto tem uma beleza poética e singular.

Em “Nino e a Orca”, p. 9, há a preocupação em defender os animais no seu habitat natural, além da crítica à pesca precatória.

Já em “Nino e os dinossauros”, p. 15, é possível conhecer mais sobre animais que existiram há séculos na face da Terra.

Ao sair da Pré-História para o espaço sideral, em “Nino e o astronauta”, p. 21 surge o desejo de ser como Yuri Gagarin, tudo por conta de um presente de aniversário.

Na página 27, uma citação maravilhosa abre o conto “Nino no Museu do Ipiranga”:

“Todo museu é um lugar fascinante e misterioso.”

É o texto no qual a História pulsa em extensão, quando se revivem episódios importantes para a nacionalidade do País.

Os tempos pós-modernos, a globalização, a tecnologia, tudo consta no quinto conto que é “Nino e a robótica”, p.33.  Nota-se, nele, a presença de Alexa, “uma assistente pessoal com processo de voz” e a referência ao cientista Isaac Usimov no livro “I, Robot”.

O último texto, “Nino e o ipê rosa”,o 37, traz a beleza do inverno e a descoberta de que Nino é um poeta. Assim como Raquel Naveira.

 

 

*LUIZ OTÁVIO OLIANI é professor e escritor. Atual Diretor de Comunicação Social da APPERJ. Com intensa produção intelectual, publicou 21 livros, incluindo poesia, conto, teatro, literatura infantil, crítica literária e ensaios. Em 2024, publicou “Vozes, discursos e papiros: alguma crítica” pela Editora Penalux

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